Este blog acaba de entrevistar, com exclusividade, o engenheiro civil Mauro
Montenegro, provável responsável pela vistoria e pelo laudo técnico que fornecerão
subsídios para os trabalhos da CPI das Artes. Mauro foi indicado pela
Associação de Engenheiros e Arquitetos de Adamantina. O engenheiro respondeu às
perguntas pelo celular, diretamente da obra, onde iniciava informalmente a
primeira vistoria.
Blog CPIdeTUPÃ – O senhor será o engenheiro responsável pela
vistoria e elaboração do laudo técnico sobre a construção do Espaço das
Artes/Teatro Municipal de Tupã?
Mauro Montenegro – Esta é uma vistoria informal. Eu ainda
preciso discutir com a Comissão e com o administrativo da Câmara a minha
contratação.
Blog CPIdeTUPÃ – Mesmo assim, o senhor já inicia uma
vistoria?
Mauro Montenegro – Existe grande possibilidade de acertamos
as bases do contrato. Por isso, quero aproveitar para obter o maior número
possível de dados sobre a obra ainda hoje. Dessa maneira, adianto meu trabalho.
Caso não feche contrato, esta vistoria
fica por minha conta e risco.
Nota do Blog: no exato momento da entrevista, o engenheiro
já contava com a presença do Presidente da CPI das Artes, vereador Lucas
Machado, no local da obra.
Blog CPIdeTUPÃ – Em que consiste seu trabalho?
Mauro Montenegro – A despeito de possíveis pressões
políticas, meu trabalho é e será meramente técnico. Trata-se de uma perícia
técnica, de análise orçamentária, com total transparência sobre a obra através
de números, custos, preços. Ou seja, sobre o que está feito ou não, o que foi
pago ou não. Será feito um apontamento específico sobre todos esses itens.
"Dar continuidade à obra não é o ideal porque o vistoriador poderá não encontrar mais a condição apontada inicialmente."
Blog CPIdeTUPÃ – O juiz responsável pelo processo aberto por
improbidade administrativa indeferiu a solicitação de embargo da obra, que continua
em andamento. O senhor acredita que poderá ter seu trabalho prejudicado?
Mauro Montenegro – Deu-se continuidade aos serviços de
construção da obra, o que não é o ideal. Esta continuidade pode, sim, prejudicar
o trabalho porque toda e qualquer auditoria procede a apontamentos específicos.
O vistoriador pode, eventualmente, não encontrar mais no local aquela condição
apontada inicialmente.
Blog CPIdeTUPÃ – É possível dizer que há algum tipo de
pressão política?
Mauro Montenegro – Como eu disse, pode haver qualquer tipo
de pressão, mas eu não a sinto porque meu trabalho não permite interferência de
qualquer sorte. Meu trabalho está embasado na composição dos dados da obra,
inclusive orçamentários. Não sinto a pressão.
Blog CPIdeTUPÃ – Em relação ao seu trabalho, já é possível
definir uma programação?
Mauro Montenegro – Em primeiro lugar, farei esta vistoria informal
com, inclusive, fotografias da obra. Este trabalho me permitirá definir com precisão
o valor do serviço para posteriormente discutir minha contratação pela Câmara
Municipal de Tupã. E isso pretendo apresentar ainda nesta semana.
O próximo passo será um detalhado estudo documental. Quero me atentar às planilhas do projeto. Pretendo solicitar a Casa o prazo de
um mês para apresentar o laudo.
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